O movimento a favor do parto normal vem ganhando cada vez mais adeptas.
Ele é reconhecidamente uma modalidade bastante segura – desde que seja realizado por uma equipe especializada e em um ambiente apropriado para atender emergências médicas, caso seja necessária alguma intervenção.
A maioria das grávidas têm condições para submeter-se a um parto normal, porém, é importante entender que em algumas situações sua realização não será possível, sobretudo nos casos de riscos ao bebê e/ou à mãe.
O parto normal
As gestantes que optam pelo parto normal devem conversar bastante com seu médico e tirar todas as dúvidas a respeito das exigências e consequências do procedimento. O profissional saberá orientar qual é o preparo físico necessário para que a técnica seja realizada – como a prescrição de atividades físicas que favoreçam a posição fetal (caso da yoga) e até mesmo a fisioterapia pélvica, que prepara os músculos que serão exigidos durante o parto.
Ainda que você tenha se preparado por nove meses para o parto normal e sua gravidez seja de baixo risco, é possível surgirem complicações no dia D e, por esse motivo, a via de parto pode ter que ser modificada. A recomendação? Não se frustre e confie que a equipe médica realizará apenas os procedimentos necessários para possibilitar o nascimento do bebê – como o uso de fórcipe, vácuo extrator (ventosa) ou até mesmo optar pela cesárea.
Parto cirúrgico
A cesárea é o nome dado ao parto em que o bebê vem ao mundo após um corte feito na região abdominal – a incisão vai da camada mais superficial da pele até o útero. Por se tratar de um procedimento cirúrgico, ele oferece mais riscos que o parto normal, já que o sangramento e a chance de sofrer infecções são maiores. Apesar de raro, também pode ocorrer a lesão de algum órgão durante a retirada do feto.
Já é a hora?
Apesar de popularmente dizermos que uma gestação dura quarenta semanas, apenas 5% dos bebês nascem nesse tempo – a gravidez pode levar menos semanas ou chegar a quarenta e duas. Diz-se que o bebê está a termo (pronto para nascer) a partir da 38ª semana de gestação, desde que o trabalho de parto aconteça naturalmente.
Para quem opta pela cesariana, o ideal é que a cirurgia seja realizada somente após trinta e nove semanas, para minimizar as chances de o bebê apresentar alguma dificuldade respiratória. Porém, em gestações de alto risco ou situações de emergência, o procedimento poderá ser realizado a qualquer momento, desde que os benefícios superem os riscos.
Após a quadragésima semana, em geral, é feito um acompanhamento médico a cada 48 horas, que inclui exames para checar os batimentos cardíacos do bebê, avaliação do aspecto do líquido amniótico (se já houver dilatação) e ultrassom obstétrico com Doppler.
Trabalho de parto
Assim que o bebê estiver realmente pronto para nascer, o organismo entra em trabalho de parto: as contrações – sensação de barriga “dura” – começam a ficar mais intensas e ritmadas, a dilatação vaginal atinge, pelo menos, de três a quatro centímetros, e o colo do útero afina e se dilata. Nessa fase, é comum que a mulher apresente três contrações com 40 segundos de duração, em um período de dez minutos, ou contrações a cada cinco minutos. A bolsa amniótica pode ou não se romper durante o trabalho de parto.
Além das contrações, estes sinais também indicam que a futura mamãe precisa procurar atendimento: perda de líquido, diminuição dos movimentos fetais (o ideal é que o bebê se mexa a cada quatro horas) e sangramento vaginal.