“Será que meu filho está magrinho demais?”
O bebê nem precisa nascer para essa pergunta pipocar na cabeça dos pais. A preocupação com o peso da criança começa ainda na gestação, período em que são usados diversos parâmetros para medir o feto e calcular seu tamanho – e cada grama a mais é comemorado pelos pais!
Logo no nascimento, os quilos do bebê são divulgados para toda a família como um sinal de vitória. E quanto mais “gordinho”, melhor! No entanto, esse valor já abaixa poucos dias após o parto – é considerado normal que a criança perca até 10% do peso do nascimento até o 5º dia de vida, pois há eliminação de líquidos. Após esse período, ela começa a ganhar peso e é esperado que ganhe de 20 a 40 gramas diariamente até os três meses.
Mas como saber se seu bebê não come pouco e está se alimentando bem sem ter feito a pesagem com o pediatra? Existem dois marcadores importantes para isso: sair do peito relaxado, independentemente do tempo de mamada, e o bebê ter xixi em todas as trocas de fraldas. Se isso estiver acontecendo com seu bebê, fique tranquilo.
Depois do terceiro mês de vida, o peso e a estatura do bebê são colocados em uma curva que tem como padrão os valores médios da população. Entretanto, esse acompanhamento deve ser apenas uma base para saber se a evolução está conforme o esperado e não deve ser usada como comparação entre crianças, pois cada uma tem o seu biótipo. Também procure não medir quanto seu filho come tomando por referência o bebê de uma amiga, por exemplo, pois é comum, em determinadas fases, que o bebê apresente mudanças bruscas de apetite e dificuldades em aceitar novos alimentos.
Começando a introduzir alimentos sólidos
Para os bebês que estiverem em aleitamento materno exclusivo, a oferta de outros alimentos pode ser feita após seis meses, sob orientação do pediatra quanto à ordem e à apresentação dos alimentos.
A quantidade de comida a ser oferecida é muito relativa. Cada pessoa e cada bebê se alimentam de uma forma diferente. O importante é oferecer opções saudáveis e variadas e não forçar a criança a raspar o prato, por exemplo – ela deve comer quanto aceitar. O apetite é sazonal e existem altos e baixos. Variáveis como clima, erupção dentária, quadros infecciosos, alteração de rotina, entre muitas outras, alteram a vontade de comer.
A rotina de alimentação
Tão importante quanto o que você vai oferecer ao seu filho é a maneira que fará isso. A rotina é muito importante na educação alimentar. Deve-se criar uma tabela de horários e períodos, desde o início da introdução dos alimentos diferentes do leite. Uma vez criado esse horário, é extremamente importante que seja respeitado. Caso o bebê comece a recusar alimentos que comia, os pais devem insistir e nunca substituir as refeições – principalmente em relação à sobremesa. Esse hábito, inclusive, nem deve entrar na rotina. O ideal é que a fruta seja oferecida de duas a três horas após a refeição, para que a criança não faça substituição.