Dúvida comum de muitas mães e pais ao fim da licença-maternidade
Toda mãe que trabalha fora vai passar ou já passou por esta situação: ao se aproximar do término da licença-maternidade – aqueles quatro deliciosos meses em que você e seu bebê podem desfrutar de momentos 100% juntos –, surge a primeira grande dúvida em relação ao futuro do pequeno. Daqui para frente, o melhor seria deixá-lo aos cuidados de uma babá ou matriculá-lo em uma escola? A questão é que não existe uma verdade absoluta. A decisão mais acertada é a que atenda melhor as necessidades da família nesse determinado momento.
Na ponta do lápis
Antes de tomar sua decisão, é preciso analisar as variáveis que vão influenciar diretamente no bem-estar e evolução do bebê, assim como na dinâmica da família. Um ponto fundamental a ser discutido é o financeiro. Em vez de comparar o valor do salário da babá com o da mensalidade da escola, procure fazer um cálculo anual que inclua todos os possíveis gastos envolvidos em ambos os casos. Por exemplo, além do pagamento mensal, você deverá incluir na contabilidade os encargos trabalhistas da babá (como INSS, FGTS, férias, 13º salário, transporte). No caso da escola, a mensalidade vem acompanhada de outros custos como taxa de matrícula, uniforme, material escolar, transporte etc. Leve em consideração também os gastos que terá em eventuais faltas da babá ou durante as férias escolares.
Impactos no bebê
Ao optar por uma babá, o dia a dia da criança será afetado em uma menor escala: ela não precisará acordar em um horário diferente para se encaixar à nova rotina dos pais, vai passar seus dias em um ambiente ao qual já está bem adaptada e terá à mão tudo do que ela precisa (brinquedos, comida, roupas). Muitos pediatras afirmam que essa seria a situação ideal até o primeiro ou segundo ano de vida, já que crianças que vão cedo à escola costumam adoecer mais – casos de viroses, resfriados, diarreia, conjuntivite ocorrem em maior frequência – por terem um sistema imunológico suscetível devido à falta de todas as vacinas obrigatórias.
Por outro lado, crianças que frequentam a escola desde novas costumam conviver melhor com os demais – recebem noções importantes como a necessidade de dividir e respeitar as diferenças –, são mais estimuladas intelectualmente e fisicamente, e se mostram até mais seguras e sociáveis.
Escolha certa
As orientações valem tanto para definir a babá do seu filho quanto a escolinha: tenha boas referências e indicações de pessoas próximas (principalmente no caso da babá, que vai frequentar sua casa), converse bastante com os profissionais envolvidos para repassar quais são suas principais preocupações e expectativas, e certifique-se de que o serviço prestado se encaixa no que é melhor para você neste momento – por exemplo, é imprescindível que a babá ou a escola fique com o bebê durante todo o tempo que você passa fora de casa. Só feche negócio quando estiver sentindo muita confiança.
Termômetro eficiente
Câmeras e depoimentos de vizinhos ou de outros pais são bons indicadores para monitorar a qualidade do atendimento dedicado ao pequeno. Porém, as reações do bebê fornecem informações valiosas. Repare se ele se mostra assustado ou feliz ao encontrar a babá ou a professora – as crianças só demonstram carinho e afeto por aqueles que fazem o mesmo.
Mudança de planos
Nenhuma decisão precisa ser definitiva. Se o bebê ou você não se adaptou à rotina da escola ou, então, a babá não se mostrou ser uma boa cuidadora, é possível voltar atrás e ficar com a outra opção – que não parecia ser tão boa de início, mas que pode transformar-se na melhor alternativa. As crianças são altamente adaptáveis e não serão prejudicadas caso essas mudanças sejam necessárias.